Por: Thiago Borges*
Era para ser um momento de celebração, mas virou um pesadelo. A turma de Direito da UCETF (Unidade Central de Educação Faem) se preparava para um evento inesquecível. Anos de economia e planejamento foram por água abaixo quando a presidente da comissão de formatura, Claudia Roberta Silva, confessou que havia perdido R$ 76.992,00 destinados à festa em apostas online.
Uma confissão inesperada
A bomba caiu no grupo de WhatsApp dos formandos: “Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas online e, quando vi, não tinha mais nada”, revelou Claudia. O choque foi instantâneo. Segundo colegas, até uma semana antes da confissão, ela aparentava normalidade, entregando convites como se tudo estivesse sob controle.
A Polícia e a caçada pelo dinheiro perdido
O caso agora está sob investigação da Polícia Civil. O delegado Rodrigo Moura afirmou que as autoridades apuram se houve apropriação indébita ou estelionato. Além disso, medidas judiciais serão tomadas para tentar rastrear e, se possível, recuperar o dinheiro perdido.
Claudia, por sua vez, desapareceu das redes sociais e deixou de responder mensagens. Sua defesa afirma que ela tem recebido ameaças e, por isso, precisou sair da cidade. Ela também declarou a intenção de devolver a quantia, mas ainda não há detalhes sobre como ou quando isso aconteceria.
Apostas online: uma armadilha perigosa
Esse não é um caso isolado. O vício em jogos de azar tem arrastado inúmeras pessoas para o endividamento e, em casos extremos, para o crime. O “Jogo do Tigrinho”, plataforma citada por Claudia, é um dos vários aplicativos que prometem dinheiro fácil, mas acabam se tornando um poço sem fundo.
Enquanto a turma de Direito tenta buscar justiça e recuperar o prejuízo, fica o alerta: o sonho de anos pode ser destruído em poucos cliques.
*Thiago Borges
Jurista, Mestre e Docente
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