O Pará registrou no último domingo (28), o primeiro óbito por varíola do macaco (monkeypox ou Mpox) em 2025. A vítima foi um jovem de 27 anos, residente em Belém, que sofreu complicações graves da doença. A confirmação da morte foi feita pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), que está investigando o caso e monitorando possíveis contatos próximos do paciente.
O caso acendeu um alerta na capital e em todo o estado para o risco de transmissão da monkeypox, uma infecção viral que se manifesta principalmente com lesões na pele e pode levar a complicações severas, especialmente em grupos de risco como pessoas imunossuprimidas, gestantes e crianças.
Monkeypox: conheça a doença
A monkeypox é uma doença viral transmitida principalmente pelo contato direto com lesões na pele de pessoas infectadas, por meio de secreções ou pelo contato com objetos contaminados, como roupas, toalhas e lençóis. Contato próximo e prolongado, inclusive em relações íntimas, também é uma importante via de transmissão entre humanos.
Entre os principais sinais e sintomas da doença estão:
Febre, dor de cabeça, dor no corpo, calafrios e exaustão;
Inchaço nos gânglios (ínguas);
Lesões na pele, que podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive nos órgãos genitais.
As manifestações cutâneas passam por diferentes estágios, começando como máculas (manchas), evoluindo para pápulas, vesículas, pústulas e, finalmente, crostas.
Prevenção é fundamental
Diante do aumento da preocupação, a Sespa orienta a população sobre medidas essenciais para prevenir a transmissão da monkeypox:
Evitar contato direto com pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença;
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel;
Isolar casos suspeitos e confirmados até o desaparecimento completo das lesões.
Em caso de suspeita de infecção, é fundamental:
Evitar contato físico com outras pessoas;
Não tocar ou coçar as lesões;
Não aplicar medicamentos ou remédios naturais nas feridas;
Procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Ao buscar atendimento médico, recomenda-se o uso de máscara e o cuidado para manter as lesões cobertas com roupas, além de evitar locais com aglomerações.
Importante destacar
A Sespa reforça que a transmissão da monkeypox ocorre de humano para humano e que não há justificativa para qualquer tipo de maus-tratos a animais. A disseminação acontece por meio de secreções respiratórias, lesões de pele ou objetos contaminados.
Além disso, qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus, independentemente de idade, gênero ou condição social. No entanto, os cuidados precisam ser redobrados para indivíduos pertencentes aos grupos de risco.
Acompanhamento e vigilância
A Secretaria de Saúde informa que o monitoramento de contatos próximos da vítima está sendo feito com rigor, e outras ações de vigilância epidemiológica estão em curso para evitar novos casos. A população deve ficar atenta aos sintomas e procurar assistência médica diante de qualquer sinal da doença.
A Sespa divulgará novas orientações e dados atualizados à medida que as investigações evoluírem.
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